sexta-feira, 13 de julho de 2012

Governo propõe reajuste e novo plano de carreira a docentes de federais

Pela proposta, salário inicial do professor com doutorado e dedicação exclusiva passará a ser de R$ 8,4 mil em até três anos


Após um jejum nas negociações, o governo federal propôs nesta sexta-feira um reajuste e novo plano de carreira aos professores dos institutos e universidades federais, em greve desde o dia 17 de maio. O plano entraria em vigor a partir de 2013 e os aumentos chegam em alguns casos até 45% ao fim de três anos, considerando os 4% já concedidos em 2012.


A proposta foi apresentada em reunião entre representantes sindicais e o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça. O encontro inicialmente previsto para ocorrer em 19 de junho foi desmarcado pelo governo e só ocorreu nesta sexta.
Pela proposta, ao longo dos próximos três anos a remuneração do professor titular com dedicação exclusiva vai aumentar de R$ 11,8 mil para R$ 17,1 mil. Ao professor inicial com doutorado e dedicação exclusiva, o salário será de R$ 8,4 mil. A remuneração dos professores que já estão na universidade, com título de doutor e dedicação exclusiva, aumentará de R$ 7,3 mil para R$ 10 mil.

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse que a proposta terá um impacto no Orçamento de R$ 3,9 bilhões para os próximos três anos. Esse valor será dividido em R$ 1,56 bilhão (40%) para 2013, R$ 1,17 bilhão para 2014 (30%) e outro R$ 1,17 bilhão (30%) para 2015.

Além disso, segundo o governo, “como forma de incentivar o avanço mais rápido e a busca da qualificação profissional e dos títulos acadêmicos”, os níveis de carreira serão reduzidos de 17 para 13. O documento do Ministério do Planejamento diz que “a proposta permite uma mudança na concepção das universidades e dos institutos, na medida em que estimula a titulação, a dedicação exclusiva e a certificação de conhecimentos”.
A paralisação dos professores, que completou 57 dias, atinge 56 das 59 universidades federais, além de 34 institutos federais de educação tecnológica, dos 38 existentes. Eles reivindicam reestruturação da carreira e melhoria na infraestrutura nas instituições.
Em breve mais informações.
FONTE:Agência Brasil e Agência Estado


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